segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Exercícios físicos na prevenção e durante o tratamento contra o câncer


Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado (maligno) de células que invadem os tecidos e órgãos, podendo espalhar-se (metástase) para outras regiões do corpo.

Dividindo-se rapidamente, estas células tendem a ser muito agressivas e incontroláveis, determinando a formação de tumores (acúmulo de células cancerosas) ou neoplasias malignas. Por outro lado, um tumor benigno significa simplesmente uma massa localizada de células que se multiplicam vagarosamente e se assemelham ao seu tecido original, raramente constituindo um risco de vida.


Fatores de risco de natureza ambiental
Os fatores de risco de câncer podem ser encontrados no meio ambiente ou podem ser herdados. A maioria dos casos de câncer (80%) está relacionada ao meio ambiente, no qual encontramos um grande número de fatores de risco. Entende-se por ambiente o meio em geral (água, terra e ar), o ambiente ocupacional (indústrias químicas e afins) o ambiente de consumo (alimentos, medicamentos) o ambiente social e cultural (estilo e hábitos de vida).
As mudanças provocadas no meio ambiente pelo próprio homem, os 'hábitos' e o 'estilo de vida' adotados pelas pessoas, podem determinar diferentes tipos de câncer.

 Pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2002 o câncer atingiu cerca de 10 milhões de pessoas em todo o mundo e a previsão é de que até 2020 esse número chegue a 20 milhões.

Grande parte dos casos acomete indivíduos adultos, afetando principalmente a mama, o pulmão, o intestino, o útero e a pele. Muito embora a herança genética seja um fator de grande relevância, o sedentarismo e um estilo de vida irregular tem sido os principais contribuintes para o crescente número de casos de doenças crônicas, incluindo as cardiovasculares, o diabetes e o câncer, sendo que para o aumento da idade, maior a parcela de influência no risco. Cerca de um quarto a um terço dos casos da enfermidade apresenta relação com sobrepeso, obesidade e elevados percentuais de gordura centralizada (FRIEDENRICH et al. 2002).

A atividade física de maneira regular, prescrita corretamente está relacionada à redução dos riscos de câncer em até 30%, além de ser um efetivo mecanismo no controle de peso. Nos casos de diagnóstico, estudos apontam o exercício físico como uma forma alternativa na preservação das funções fisiológicas e metabólicas, principalmente na preparação física e psicológica do indivíduo a enfrentar o tratamento. Durante as fases do tratamento, auxilia na manutenção do peso e das funções neuromusculares e no combate de estados de fadiga e CAQUEXIA (BACURAU; COSTA ROSA, 1997; MOTA; PIMENTA, 2002; MATSUDO; MATSUDO, 1992).

A atividade física mostra-se preventiva ao câncer por ativar mecanismos biológicos atuantes no sistema imunológico, através do aumento de enzimas atuantes nos radicais livres e células “natural-killer”, as quais podem inibir a formação do tumor. Da mesma forma, ao iniciar, e durante todo o processo do tratamento o exercício contribui para um bom funcionamento dessas capacidades, ou seja, ativando o sistema imunológico de modo que o organismo torne-se menos vulnerável a outras doenças, o que certamente traria complicações a seu quadro clinico (MOTA E PIMENTA, 2002; BACURAU E COSTA ROSA, 1997; PRADO, 2001). 

No caso do câncer, são fortes as evidências da contribuição da atividade física nas diferentes fases da doença e de seu tratamento.

Como se vê, o exercício é um forte aliado durante o tratamento, porém, ele vai além disso, é um fator importante para prevenção dessa doença e de muitas outras.

 No próximo sábado continuaremos com esse tema..





sábado, 19 de novembro de 2011

Uso do laptop, tablets e celulares com internet e suas consequências

Atualmente, quem não fica nem que seja por pouco tempo em frente ao computador?
Já imaginaram a grafia acabar? Nossos filhos ou netos não saberem escrever, saberem somente digitar?

Cada vez mais o computador passa a fazer parte do cotidiano das pessoas, seja para fins profissionais, seja para estudos, seja para diversão. Como consequência, muita gente acaba passando várias horas por dia na frente do PC, e isso pode, mais cedo ou mais tarde, resultar em problemas de saúde. Além do mais, após o aumento do uso do laptop, tablets, dos celulares com acesso a internet, a comodidade de utilizar em qualquer espaço, leva a posturas inadequadas. Esses computadores, apesar de serem mais modernos e práticos, podem trazer problemas sérios para a saúde. O INTO, Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia, alerta que o uso desses dispositivos com uma postura errada pode causar inflamações nas articulações e desconforto muscular.

Temos que ficar atentos a postura que o computador nos levar a tomar, uma postura errada continuamente traz sérios problemas à sua coluna:

·  Mantenha a coluna o mais vertical possível e sempre apoiada no encosto da cadeira.

·  É preferível ter uma cadeira com encosto e assento ajustável.
·  Apóie os cotovelos, de preferência numa cadeira com apoio para os braços.

·  Mantenha os pés apoiados no chão e um ângulo de 95 a 100 graus ao tronco.
·  Digite com o maior número de dedos e com pouca força.
·  A tela do computador deve estar na altura dos olhos ou ligeiramente abaixo da linha destes, a uma distância de 60 cm.
Procurar sempre utilizar o notebook apoiado em uma mesa. Se puder utilizar o mouse, ele é melhor do que o teclado na manipulação do notebook ou laptop. Se for usar algum tipo de tablet é interessante que você tenha algum tipo de suporte para apoiar o tablet, pra que você não fique segurando ele.
Uma boa série de alongamento, mudar de posição no máximo a cada hora de trabalho em frente ao computador e manter a prática de exercícios físicas são os segredos para prevenir os desconfortos, principalmente o fortalecimento do CORE ( centro de força do nosso corpo).




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sábado, 12 de novembro de 2011

Depressão, um transtorno que cresce a cada dia



A Depressão é uma doença afetiva ou do humor, não é simplesmente estar na "fossa" ou com "baixo astral" passageiro. Também não é sinal de fraqueza, de falta de pensamentos positivos ou uma condição que possa ser superada apenas pela força de vontade ou com esforço.


Depressão é um transtorno psiquiátrico que afeta pessoas de todas as idades. Caracteriza-se pela perda de prazer nas atividades diárias, apatia, alterações cognitivas (diminuição da capacidade de raciocinar adequadamente, de se concentrar ou/e de tomar decisões), psicomotoras (lentidão, fadiga e sensação de fraqueza), alterações do sono (mais frequentemente insônia, podendo ocorrer também hipersonolência), alterações do apetite (mais comumente perda do apetite, podendo ocorrer também aumento do apetite), redução do interesse sexual, retraimento social, ideação suicida e prejuízo funcional significativo (como faltar muito ao trabalho ou piorar o desempenho escolar).

Depressão não é tristeza, é uma doença que precisa de tratamento.

Há muitos limites entre a tristeza normal e a Depressão. A tristeza normal é aquela causada pela falta de dinheiro, perda pessoal, desequilíbrio profissional que causam certo desânimo e duram, de acordo com a procedência de cada motivo, de 15 dias há dois meses ou em alguns casos, até um pouco mais. Mas, se a situação passar desses limites de tempo, há um grave risco de se dirigir para uma cronificação elevada a custos sociais e pessoais. A Depressão é uma doença psiquiátrica grave. A tristeza relacionada a perdas, o tempo cura.

As causas da depressão são inúmeras e controversas. Acredita-se que a genética, alimentação, stress, estilo de vida, separação dos pais, rejeição, problemas na escola e outros fatores estão relacionados com o surgimento ou agravamento da doença. Como cada um de nós reage diferente aos sentimentos, cada um terá uma maneira pessoal de manifestar sua depressão. Há pessoas que ficam caladas diante das suas preocupações, outras choram, outras contam suas dificuldades para todo mundo, outras sentem dor de estômago, alguns têm aumento da pressão arterial, enfim, cada um reagirá diferentemente diante de suas emoções.


Sabe-se hoje que a depressão é associada a um desequilíbrio em certas substâncias químicas no cérebro e os principais medicamentos antidepressivos têm por função principal agir no restabelecimento dos níveis normais destas substâncias, principalmente a serotonina.

O medo da morte, a interrupção dos planos de vida, perda da auto-estima e mudanças da imagem corporal, mudanças no estilo social e financeiro são questões fortes o bastante para justificarem desânimo e tristeza, doenças como por exemplo o cancêr, leva a pessoa que fica sabendo que está com a doença durante um curto espaço de tempo ficar descrente, desesperada ou negar a doença. Esta é uma resposta normal no espectro de emoções dessa fase, o que não significa que sejam emoções insuperáveis.

A maioria das pessoas que possuem um quadro clínico depressivo não conhece ou não procura ajuda médica especializada apesar da grande possibilidade de tratamento efetivo. O tratamento geralmente envolve uma medicação antidepressiva receitada por pelo menos 12 meses para evitar recaídas) e algumas vezes acompanhada de psicoterapia.

Sabe-se também que praticar exercícios regularmente e participar de atividades desportivas e sociais pode ajudar o paciente a superar os sintomas da depressão, além de outros benefícios para a saúde. A atividade física é um grande aliado do tratamento antidepressivo, possui baixo custo e auxilia na prevenção das patologias que podem levar um indivíduo a situações de estresse e depressão.

O exercício físico libera no cérebro substâncias que proporcionam uma sensação de paz e de tranquilidade. São as endorfinas, neuromediadores ligados à génese do bem-estar e do prazer. Por ser um potente libertador de endorfina o exercício físico cria a boa dependência quando praticado regularmente e faz falta como faria qualquer outra substância associada ao prazer. O exercício físico descontrai o corpo e ativa o sistema imunológico.
Após um período de 3-4 semanas a pessoa sentirá os efeitos em sua auto-estima, primeiramente pelo simples motivo de ter conseguido cumprir o objetivo de realizar atividade física e paralelamente ao sentir os efeitos como o bem-estar físico, as mudanças estéticas e os bons resultados médicos.


Uma alimentação balanceada, o estabelecimento de uma rotina para o horário de sono e a redução ou a eliminação da ingestão de álcool também podem lhe ajudar a se sentir melhor.

Não tenha medo nem vergonha de ter depressão. A depressão é uma doença e deve ser encarada como tal. A depressão tem tratamento.

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sábado, 5 de novembro de 2011

Diabetes e exercício


A diabetes está na lista das 5 doenças de maior índice de morte no mundo, e está chegando cada vez mais perto do topo da lista, por isso resolvi explicar um pouco sobre essa doença, as complicações e o exercício como tratamento. Segundo uma projeção internacional, com o aumento do sedentarismo, obesidade e envelhecimento da população o número de pessoas com diabetes no mundo vai aumentar em mais de 50%, passando de 380 milhões em 2025.


Diabetes mellitus é uma doença metabólica caracterizada por um aumento anormal do açúcar ou glicose no sangue, o que provoca a elevação dos níveis sanguíneos de glicose, cuja taxa normal, em jejum, é de 60 a 99 mg por 100 ml de sangue. A glicose é a principal fonte de energia do organismo porém, quando em excesso, pode trazer várias complicações à saúde. Os principais tipos de diabetes são: Tipo 1, Tipo 2 e Gestacional.


O tipo 1 é desencadeado mais cedo, atingindo crianças e adolescentes (principalmente por volta dos 10 aos 14 anos), justamente pelo fator genético. A diabetes tipo 2 (Diabetes Mellitus tipo 2) também tem um fator genético, desenvolve-se frequentemente em etapas adultas da vida e  além na genética é muito frequente a associação com a obesidade, idosos,  hipertensos e dislipidêmicos (que compreendem de 90-95% de todos os casos). Vários fármacos e outras causas podem, contudo, causar este tipo de diabetes. É muito frequente a diabetes tipo 2 associada ao uso prolongado de corticoides, por exemplo.


A diabetes mellitus gestacional, ocorre em cerca de 2% a 7% de todas as gravidezes. Ela é temporária e completamente tratável mas, se não tratada, pode causar problemas com a gravidez, incluindo macrossomia fetal (peso elevado do bebê ao nascer), malformações fetais e doença cardíaca congênita.


A tríade clássica dos sintomas da diabetes:
  • poliúria (aumento do volume urinário),
  • polidipsia (sede aumentada e aumento de ingestão de líquidos),
  • polifagia (apetite aumentado).
Outros sintomas importantes incluem:
  • Perda de peso
  • Visão turva
  • Cetoacidose diabética
  • Síndrome hiperosmolar hiperglicêmica não cetótica.

Complicações agudas e crônicas de casos não tratados adequadamente:


Complicações agudas
  • Cetoacidose diabética
  • Cegueira
  • Coma hiperosmolar não-cetótico (cerca de 14% dos casos)
  • Hiperglicemia
  • Coma diabético
  • Amputação

Complicações crônicas

  • Placas de gordura no sangue (Aterosclerose);
  • Danos na retina (Retinopatia diabética);
  • Hipertensão;
  • Tromboses e coágulos na corrente sanguínea;
  • Problemas dermatológicos (por desnaturação de proteínas endoteliais);
  • Síndrome do pé diabético;
  • Problemas renais como insuficiência renal progressiva (atinge 50% dos pacientes com DM tipo 1);
  • Problemas neurológicos, principalmente no pé, como perda de sensibilidade e propriocepção;
  • Problemas metabólicos generalizados;
  • Fator de risco à periodontite.
A frequência de problemas cardíacos como acidente vascular cerebral (AVC) e ataque cardíaco são entre 2 a 4 vezes maior nas pessoas com diabetes. Os fatores de risco dos problemas crônicos são: hipertensão arterial, alteração do metabolismo das gorduras (aumento do colesterol ruim, aumento dos triglicérides e redução do colesterol bom), tabagismo, obesidade, pouca atividade física e presença de microalbuminúria (proteína na urina).


Os riscos de complicações em ambos tipos de diabetes podem ser reduzidos com mudanças na dieta e atividades físicas regulares.


A prática de exercícios físicos traz benefícios como a melhor utilização do oxigênio pelo organismo, aumento da captação da glicose pelo músculo e aumento da sensibilidade celular à insulina a partir das primeiras semanas e que dura enquanto eles estiverem sendo regularmente. Com a insulina sendo usada de forma mais eficaz o portador de diabetes passa a precisar de doses menores para queimar a glicose extra. Recomenda-se manter um peso saudável, e ter no mínimo 3 horas de exercício por semana, não ingerir muita gordura, e comer uma boa quantidade de fibras e grãos.


Deve-se consultar um nutricionista para organizar a dieta melhor recomendada para seu caso, e  Professor de educação física especializado para monitoração correta da prática dos exercícios para diabéticos. 






http://pt.wikipedia.org/wiki/Diabetes_mellitus