sábado, 3 de março de 2012

vida saudável x bebida alcoólica

Muitas pessoas adoram malhar e ao mesmo tempo beber aquela cerveja gelada, batida, vodka entre outros nos finais de semana, mas saiba se unir a atividade física com a bebida continuará com o corpo que está, mediano sem muitas pretensões. Mas, se pretende ficar com o corpo todo sarado de verdade evite a ingestão de álcool ao máximo.


Isso acontece porque o álcool inibe a absorção de vitaminas do complexo B em nosso corpo, as quais são essenciais para o metabolismo de carboidratos e proteínas. Inibe também a absorção de sais minerais como magnésio e zinco, os quais são importantes para a síntese de várias substâncias para o nosso corpo como cicatrização e recuperação muscular e sem as vitaminas do complexo B não ocorrem o crescimento muscular desejado. O álcool é completamente diurético, aonde pensamos que o que sai através do xixi é a cerveja, não, pois na verdade é a água que está em nosso organismo, pois o nosso corpo é constituído de 90% de água, as quais ficam dentro de nossas células musculares e a água é fundamental para o processo de anabolismo que é gerado pela síntese protéica e ainda conduz todos os nutrientes até os nossos músculos e quando bebemos o álcool faz com que tudo isso pare de funcionar e se disperse. O álcool é completamente calórico, pois ele libera insulina e diminui a glicemia e quando isso ocorre o corpo é obrigado a encontrar outras fontes de energia e com isso queima todo o nosso estoque protéico, mas a proteína gera pouca energia para o nosso corpo reverter isso e com isso ele necessita de muita proteína e com isso acaba com os músculos, causando um intenso catabolismo que é a perda de massa magra que são os músculos e deixando a massa gorda que são as gorduras. E, além disso, o álcool tira todas as nossas forças, fazendo com que o treino caia consideravelmente. Então, se quer aquele corpo todo malhado que sempre sonhou, deixe a bebida de lado e procure outra maneira de curtir a balada tomando só água.


Além dos efeitos metabólicos, o álcool atua no sistema nervoso, comprometendo uma série de funções motoras e cognitivas. Dentre os efeitos conhecidos, estão o aumento do tempo de reação e a piora da coordenação motora. Além disso, é consistentemente comprovado que o consumo habitual de álcool é inversamente proporcional ao desempenho intelectual (Singleton, 2007).
A quantidade de álcool necessária para alterar o funcionamento do organismo não é tão alta quanto se costuma imaginar. As dosagens de álcool que comprometem a performance psicomotora normalmente se situam acima de 0,4g/kg. Em termos práticos isto significaria que duas latinhas de cerveja já poderiam atrapalhar a performance de uma pessoa de aproximadamente 80 quilos. Surge a pergunta: será que uma quantidade de cerveja inferior a esta seria capaz de hidratar um corredor de fundo, por exemplo? Além disso, é muito difícil acreditar que ela forneça os demais nutrientes em quantidades adequadas, como carboidratos, vitaminas e minerais. Ou seja, a afirmação dos pesquisadores que a cerveja, seria a segunda melhor bebida para o atleta, depois da água, não é aceitável.

Muitos podem observar a quantidade de álcool citada no parágrafo anterior e imaginar que ela é muito baixa, o raciocínio comum é: “mas isso não vale para mim, que já estou acostumado a beber!”. Apesar de muitos acharem que, por beberem mais, terão menores prejuízos na performance, isto é comprovadamente um engano. Em um estudo da Universidade de Chicago, Brumback et al. (2007) avaliaram a resposta psicomotora e a percepção de comprometimento da performance em pessoas que bebiam habitualmente grandes ou pequenas doses de álcool. O estudo envolveu três situações, com a ingestão de placebo, 0,4 ou 0,8 gramas de álcool por quilo de massa corporal. De acordo com os resultados ambos os grupos tiveram as mesmas reduções na performance ao ingerir doses altas de bebida, apesar do grupo que habitualmente bebia mais ter considerado que sua performance caiu menos. Ou seja, o consumo habitual de álcool não deixa o organismo mais resistente, ele apenas altera a percepção da realidade. Os autores destacam que o estudo pode ter implicações importantes para pessoas que ingerem álcool e não têm consciência dos distúrbios cognitivos produzidos pela bebida.
Por mais que surjam pesquisas sugerindo que a ingestão de determinadas bebidas possa prevenir o aparecimento de doenças cardiovasculares, deve-se lembrar que as mesmas substâncias contidas nas bebidas podem ser obtidas de outras formas, sem a necessidade do álcool que a acompanha, como é o caso de uma alimentação equilibrada. Entretanto, existe um contexto sócio-cultural e até questões de cunho pessoal que transcendem a objetividade da bioquímica e da fisiologia do exercício e que tornam muito difícil a abstinência de bebidas alcoólicas. Caso não seja possível a abstinência, resta apenas indicar que o uso se restrinja ao mínimo possível e seja realizado de forma consciente e controlada, para que os malefícios sejam reduzidos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário